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Passado pouco mais de metade deste ano, os fundos de renda fixa registram a melhor rentabilidade ponderada da indústria brasileira de fundos. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), essa categoria já acumulou um rendimento anual de 5,58%, número contabilizado até o último dia 13 de julho. Vale lembrar que a rentabilidade ponderada é o cálculo da soma das performances de cada tipo de fundo dessa categoria multiplicada pelas suas participações dentro da categoria. 

Logo atrás, aparecem os fundos multimercados, cuja performance chega a 5,28% no mesmo período. Embora ocupem a segunda posição, esses fundos possuem a melhor subcategoria de 2010, já que os "Multimercados Estratégia Específica" (que adotam estratégias de investimentos que impliquem em riscos específicos, tais como commodities ou contratos futuros de índice) registram uma rentabilidade positiva de 6,79%.

Nas três posições seguintes, aparecem outros três investimentos "defensivos". As categorias de fundos referenciado DI, fundos de curto prazo e fundos de previdência, com rendimento ponderado de 4,72%, 4,61% e 4,44%, respectivamente, segundo os dados da Anbima. Na sexta posição estão os fundos cambiais, cujos investimentos rentabilizaram 0,55% no período.

No outro extremo, estão os fundos de ações que, embora apresentem até então a melhor performance do mês - alta de 2,22% até o dia 13 -, já viram seus rendimentos recuarem 4,09% no acumulado do ano. Dentre as 18 subcategorias de fundos de ações, 16 delas - mais de 70% do patrimônio líquido da categoria - veem sua rentabilidade no vermelho em 2010, com alguma delas superando a casa dos 20% de desvalorização.

Conservadores também lideram captação
Por se tratarem de investimentos mais seguros, esses fundos acabam ganhando maior visibilidade em momentos de incertezas acerca da economia mundial, como tem sido visto atualmente nos mercados. Essa preferência fica visível se analisarmos a captação dessas categorias: a renda fixa, além de registrar a maior rentabilidade, também lidera as captações líquidas de 2010, tendo atraído R$ 29,064 bilhões até o último dia 13. No mesmo sentido, os fundos de curto prazo e de previdência já absorveram R$ 9,214 bilhões e R$ 7,754 bilhões, respectivamente.

Já os fundos mais expostos às mudanças de humor do mercado apresentam números mais modestos, revela a Anbima. Os fundos de ações captaram R$ 3,066 bilhões, enquanto os multimercados captaram R$ 647,6 milhões no ano. Já os cambiais atraíram R$ 90,7 milhões.