Carregando...

Área do Cliente

administrador

Notícias

Notícia

BC vê incerteza e pode voltar a elevar os juros

Fonte: Jornal O Globo
Gustavo Paul Ata do Copom estima que preços administrados vão aumentar de 4,8% para 5,5% em 2009 Em um texto em que a palavra incerteza aparece dez vezes - recorde no ano -, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) deixa claro que a inflação continua preocupando e alerta para um possível aumento da taxa básica de juros (Selic) caso as pressões nos preços não se reduzam nas próximas semanas. O texto admite que ainda não há como prever as conseqüências da crise financeira global no Brasil, mas enfatiza que em 2009 o BC usará seu arsenal para atingir o centro da meta de inflação, de 4,5%. Para economistas, porém, como não dá qualquer indicação de queda dos juros, a ata sugere a manutenção da Taxa Selic em 13,75% ao ano. - Nosso cenário é de manutenção da taxa básica, com a premissa de desaquecimento do nível de atividade econômica nas próximas semanas - diz José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator. Essa também é a avaliação de Alexandre Lintz, economista-chefe do banco BNP Paribas. Mas os diretores do BC apontam a permanência de vários sinais de aquecimento da economia, que podem ameaçar o controle da inflação mesmo em caso de desaceleração global. Um fator citado é que os investimentos industriais ainda não foram suficientes para equilibrar a oferta e a demanda domésticas. Para 2009, as projeções de inflação foram mantidas, exceto para preços administrados, que passaram de 4,8% para 5,5%. Ainda assim, o Copom admite que a falta de crédito na economia motivada pela crise financeira internacional poderá ter um efeito semelhante ao aumento dos juros - o que motivou a manutenção da Selic em 13,75% ao ano semana passada. - A ata mostra que ainda não se sabe as dimensões da crise econômica internacional e seus efeitos na economia local. E, nesse contexto, procura justificar porque os juros não podem ainda ser reduzidos - disse Nelson Carneiro, economista-sênior da Austin Rating.